sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nióbio, riqueza desprezada pelo Brasil

























































Seg, 07 de Setembro de 2009 00:00 Administrador Notícias - Últimas Notícias











































Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil é o único fornecedor mundial, e dispensa pouca importância e esse metal com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual é o único fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria nossa dívida externa.

Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.

O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro.

As pressões externas que subjugam o povo brasileiro

Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a "Questão do Nióbio" e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus 'testas de ferro' locais".

Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.

















Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.

O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.

Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.

As ações objetivas efetuadas

A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês "The Guardian" de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2, em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas.

Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.

É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.

As diversas aplicações do Nióbio

Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão.

O descaso nas negociações internacionais

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.

Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2003: "Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp..."

E, complementa que "uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o 'Fome Zero', que integra o programa de governo do presidente eleito".

O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.

Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de enganação". O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios.

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país?

As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima, decretada em 2005, por Lula.

Os USA e Comunidade Européia aplaudiram de pé esse ato.

É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.

Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país.

Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.

A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.

O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro.

Por Edvaldo Tavares

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sociólogo e fundador do PT afirma que 'Lula é mais privatista que FHC'

No começo de 2003, ano em que rompeu com o PT, o sociólogo Francisco de Oliveira, 76, afirmou que "Lula nunca foi de esquerda".


Agora, o professor emérito da USP dá um passo adiante e diz que Lula, mais que Fernando Henrique Cardoso, é "privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu".


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Na entrevista abaixo, Oliveira, um dos fundadores do PT, também afirma que tanto faz votar em Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB), analisa o papel de Marina Silva (PV) e critica a entrada do aborto no debate político pela ótica da religião.


Folha - Qual a sua avaliação sobre o debate eleitoral no primeiro turno?


Francisco de Oliveira - Fora o horror que os tucanos têm pelos pobres, Serra e Dilma não têm posições radicalmente distintas: ambos são desenvolvimentistas, querem a industrialização...


O campo de conflito entre eles é realmente pequeno. Mas, por outro lado, isso significa que há problemas cruciais que nenhum dos dois está querendo abordar.


Que tipo de problema?


Não se trata mais de provar que a economia brasileira é viável. Isso já foi superado. O problema principal é a distribuição de renda, para valer, não por meio de paliativos como o Bolsa Família. Isso não foi abordado por nenhum dos dois.


A política está no Brasil num lugar onde ela não comove ninguém. Há um consenso muito raso e aparentemente sem discordâncias.


Dá a impressão que tanto faz votar em uma ou no outro...


É verdade. É escolher entre o ruim e o pior.


Qual a sua opinião sobre a movimentação de igrejas pregando um voto anti-Dilma por causa de suas posições sobre o aborto?


É um péssimo sinal, uma regressão. A sociedade brasileira necessita urgentemente de reformas, e a política está indo no sentido oposto, armando um falso consenso.


O aborto é uma questão séria de saúde pública. Não adianta recuar para atender evangélicos e setores da Igreja Católica. Isso não salva as mulheres das questões que o aborto coloca.


O que significa a entrada desse tema no debate?


Representa o consenso por baixo devido ao êxito econômico. Essas posições conservadoras ganham força. Há uma tendência a todo mundo ser bonzinho. Nesse contexto, ninguém quer tomar posições consideradas radicais.


Com o progresso econômico, há um sentimento de conformismo que se alastra e se sedimenta, as pessoas ficam medrosas, conservadoras. Isso está ocorrendo no Brasil.


Gente da classe C e D mostra-se a favor de uma marcha de progresso lenta e contínua. Eles não querem briga, não querem conflito. Por isso o Lula paz e amor deu certo.


Se as pessoas tornam-se conservadoras, o que explica a divisão do Brasil quando considerada a votação de Dilma e Serra nos Estados?


É um racha. Significa que a questão da desigualdade regional ainda é muito marcante. Aliás, essa é outra questão que está fora da discussão. Os dois não querem abordar o tema. O que eles têm a dizer sobre os problemas regionais? O que fazer com as regiões deprimidas?


Por baixo disso tudo está a velha história de que São Paulo é uma locomotiva que puxa 25 vagões vazios.


Essa tensão existe. Esse desequilíbrio vai criando a sensação de que há um lado pobre e um lado rico. Como se houvesse um voto comprado, de curral eleitoral, e outro consciente. Há de fato uma fratura, e isso ressurge em períodos eleitorais.


Marina aparece como uma terceira força sustentável?


Acho que não. A ascensão dela se dá pela falta de radicalização dos dois principais, e a questão do ambiente é relativamente neutra. Não vejo eco na sociedade, a não ser de forma superficial. Não é um tema que toca nos nervos das pessoas. A onda verde é passageira.


O sr. foi um dos primeiros a romper com o PT, em 2003, e saiu fazendo duras críticas ao presidente. Lula, porém, termina o mandato extremamente popular. Na sua opinião, que lugar o governo Lula vai ocupar na história?


A meu ver, no futuro, a gente lerá assim:


Getúlio Vargas é o criador do moderno Estado brasileiro, sob todos os aspectos. Ele arma o Estado de todas as instituições capazes de criar um sistema econômico. E começa um processo de industrialização vigoroso. Lula, é bom que se diga, não é comparável a Getúlio.


Juscelino Kubitschek é o que chuta a industrialização para a frente, mas ele não era um estadista no sentido de criar instituições.


A ditadura militar é fortemente industrialista, prossegue num caminho já aberto e usa o poder do Estado com uma desfaçatez que ninguém tinha usado.


Depois vem um período de forte indefinição e inflação fora de controle.


O ciclo neoliberal é Fernando Henrique Cardoso e Lula. Coloco ambos juntos. Só que Lula está levando o Brasil para um capitalismo que não tem volta. Todo mundo acha que ele é estatizante, mas é o contrário.


Como assim?


Lula é mais privatista que FHC. As grandes tendências vão se armando e ele usa o poder do Estado para confirmá-las, não para negá-las. Então, nessa história futura, Lula será o grande confirmador do sistema.


Ele não é nada opositor ou estatizante. Isso é uma ilusão de ótica. Ao contrário, ele é privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu.


Essa onda de fusões, concentrações e aquisições que o BNDES está patrocinando tem claro sentido privatista. Para o país, para a sociedade, para o cidadão, que bem faz que o Brasil tenha a maior empresa de carnes do mundo, por exemplo?


Em termos de estratégia de desenvolvimento, divisão de renda e melhoria de bem-estar da população, isso não quer dizer nada.


Em 2004, o sr. atribuiu a Lula a derrota de Marta na prefeitura. Qual sua avaliação de Lula como cabo eleitoral de Dilma?


Ele acaba sendo um elemento negativo, mesmo com sua alta popularidade. O segundo turno foi um aviso. Há uma espécie de cansaço. Essa ostensividade, essa chalaça, isso irrita profundamente a classe média. É a coisa de desmoralizar o adversário, de rebaixar o debate. Lula sempre fez isso.


Como o sr. avalia as afirmações de que o comportamento de Lula ameaça a democracia?


Não vejo como uma ameaça. Mas o Lula tem um componente intrinsecamente autoritário.


Em que sentido?


Ele não ouve ninguém, salvo um círculo muito restrito, e ele tem pouco apreço por instituições.


Eu o conheço desde os anos de São Bernardo. Ele tem a tendência, que casa perfeitamente com o estilo de política brasileira, de combinar primeiro num grupo restrito e, depois, fazer a assembleia. Ele sempre agiu assim.


Não é pessoal, é da cultura brasileira, ele foi cevado nisso. Mas não que ele queira derrubar a democracia.


Isso é da cultura política em que ele foi criado: o sindicalismo, que é um mundo muito autoritário, muito parecido com a cultura política mais ampla. E ele se dá bem, sabe se mover nesse mundo.


As instituições de fato não são o barato dele. Mas ele não ameaça a democracia do ponto de vista mais direto nem tem disposição de ser ditador. Acho essas afirmações um exagero, uma maldade, até. Elas têm um conteúdo político muito evidente.


Agora, certa ala do PT, com José Dirceu... Esse tem projetos mais autoritários.


E essa ala ganharia mais força num governo Dilma?


Acho que não. Porque Lula vigia ele de muito perto. Lula não gosta dele [José Dirceu]. Tem medo, até, do ponto de vista político. Ele veio de outra extração, a qual Lula detesta. Uma extração propriamente política, de esquerda.


O sr. já disse que Lula havia matado a sociedade civil. O que pode acontecer num governo Dilma e Serra? Haveria diferença?


Os governos tucanos têm horror ao povo. Isso não é força de expressão. É uma questão de classe social.


Eles não têm contato com o real cotidiano popular. Eles não andam de ônibus, não têm experiência do cotidiano da cidade. Nem de metrô eles andam, o que é incrível.


A cidade é grande, tem violência, a gente sabe. Mas eles não sabem como é o transporte, como são os hospitais, as escolas públicas. Há uma fratura real, eles perderam a experiência do cotidiano real. E isso não entra pelas estatísticas, só pela experiência.


Por causa disso, o governo deles é sempre uma coisa muito por cima. Eles são pouco à vontade com o popular. Essa é a diferença marcante em relação a Lula.


Sobre Dilma eu não sei. Ela pode também sofrer desse mal.


Mas, do ponto de vista da evolução e da função dos movimentos sociais, qual dos dois é preferível?


Eis uma questão difícil. Os tucanos, com esse horror a pobre, tendem sempre a aumentar essa fratura, essa separação. Os tucanos não têm jeito...


Filosofia da Periferia

Mano Brown ao vivo no programa Roda Viva, da TV Cultura SP, mostrou, antes de mais nada, do que é feito um homem que se forma sozinho (do isolamento no que ele próprio chama genéricamente de periferia à ausência do pai que nunca conheceu). Seu raciocínio e suas opiniões ora se aproximam do resumo bruto de uma inspirada busca de auto-conhecimento ora chafurdam na mais completa confusão.

A primeira investida para tentar politizar a entrevista, exibida nesta segunda, 24/9/2007 - já que o que se espera ali no programa é uma discussão que renda posições sobre problemas “macro” (da política, da cultura, do comportamento humano...), veio da psicanalista Maria Rita Kehl.

Logo nos primeiros instantes do programa, Rita Kehl convidou o cantor dos Racionais MC’s a aproximar-se de outros representantes populares e dar sua opinião sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A resposta foi reveladora. Mano Brown respondeu com um completo desconhecimento: “Tem um cara preso, certo? Lutando por uma causa que não é só dele, é de milhões. E pelo que eu tô vendo, vai pagar sozinho”. E devolveu a pergunta para Rita Kehl: “É isso?”. Rita Kehl, levada a reconhecer que ela própria levantava um assunto que desconhecia, responde: “Não sei”. Brown então retorna: “É José Rainha, é isso? Tenho que dizer que sou um cara que lê pouco, mesmo. Sou muito mal informado sobre muitas coisas”.

Mano Brown referia-se a um assunto de cinco anos atrás (a prisão de Rainha), sugerindo mais que desconhecimento do MST (que levou de roldão toda a arena de entrevistadores, já que ninguém posicionou-se: onde está José Rainha?), um desconhecimento particular, que beira o constrangedor. No caso específico de José Rainha, o “ex-líder” do MST, que responde a processo em liberdade, é considerado como pessoa que “não faz mais parte de nenhuma instância de coordenação nacional, estadual ou local do nosso movimento”, diz nota de junho deste ano do MST, em seu site.

Mano Brown revelava, assim, que se apegaria - como deixou parecer em um “as coisas que me interessam, eu me informo” - ao seu universo e linguagem forjados a duras penas. Mesmo respondendo, logo em seguida, sobre os escândalos do mensalão que levou o ex-chefe da Casa Civil e amigo pessoal de Lula, José Dirceu, à condenação política, o fez como um comentário próprio de uma roda de amigos. Respondeu dizendo que Lula não iria “dar a cabeça dos amigos para os inimigos dele”. E que o presidente “preferiu esperar a Justiça” e, só depois, se provada a culpa, seria “pau no gato”.

Isso fez com que o programa se arrastasse, deixando a impressão que, entre outros motivos, a ausência do músico nos meios de comunicação (atitude pela qual também foi perguntado) deve-se tanto a uma opção quanto a uma necessidade.

Os blocos seguintes do programa, no entanto, sugeriram o contrário. Mano Brown ensaiou um discurso cortante quando o assunto tocou diretamente na realidade apresentada em suas composições ("o que lhe interessa"), sempre recusando a posição de modelo ou líder. “Adoro o Marvin Gaye mas não vou levar a vida que o Marvin Gaye levou”.

A bancada cedia a seu ritmo. O jornalista da versão brasileira da revista Rolling Stone (Ricardo Cruz), que chegou com um descolado paletó "pretinho básico", voltou ao segundo bloco já de camiseta com a foto de Tim Maia, deixando aparecer os braços fechados de tatuagens e já, adiante, perguntaria a Mano Brown sobre "líderes brasileiros".

Sobre os conselhos que dá a jovens rappers, pergunta feita em tom de um ardiloso inquérito pelo jornalista policial Renato Lombardi, Mano Brown superou seu vocabulário truncado com opiniões, pelo visto, há muito elaboradas. Disse que sugere aos jovens que não se refiram ao público de cima para baixo, como um pai ou professor, mas numa relação horizontal, “ombro no ombro”. “Às vezes, a única coisa que o mano quer é um companheiro”. Outros termos usados como tesouros por sociólogos e jornalistas, como “cultura”, aparecia na boca do músico de maneira menos dotada de uma aura mágica e mais vivos.

O próprio Renato Lombardi entrou na rota de um irônico e inesperado comentário ao pegar as letras de Mano Brown para questioná-lo: "Hmmm... Antes de mais nada, isso é uma rima".

Marta Suplicy teve, talvez, o mais objetivo resumo sobre sua derrota para José Serra na eleição municipal de São Paulo, em 2004. Segundo Mano Brown, os próprios moradores de periferia, que receberam os CEUs (amplos centros de cultura e arte instalados nos bairros mais afastados da cidade) votaram contra ela, por ela ter se separado do marido, o senador Eduardo Suplicy, para se casar com o (argentino) coordenador de sua campanha, Luís Favre. Enfileirava, assim, mais um dado à impressão de que a vida particular de Marta Suplicy teria, como revelação dolorosa, pesado mais do que seu empenho como administradora.

No entanto, num dos momentos mais confusos do raciocínio formado - sem leituras - por Mano Brown, traficantes e fabricantes de bebidas alcoólicas foram associados como um mesmo grupo de “comerciantes”, propondo mais liberdade aos traficantes do que penalização aos produtores de "cerveja e 51". A idéia é validar e promover um discurso primeiro para depois descobrir seu alcance.

Nada, no entanto, comparou-se à constrangedora intervenção final do mediador Paulo Markun, que, de maneira para lá de inusual, praticamente isolou Mano Brown à periferia da qual ele vinha falar. Markun, de maneira nunca feita em programas anteriores, encerrou o programa com um texto, pelo visto, rabiscado às pressas, sobre a função “da tv pública” em abrir espaço para todos os tipos de opinião – ainda que a única coisa que conseguiu passar foi a preocupação em garantir a devida distância da desumana lógica construída nessas "quebradas" do Brasil.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Revolução e Religiosidade



Khalil Gibran diz que, há 20 séculos, os homens adoram a fraqueza na pessoa de Jesus e não compreendem Sua força.
Jesus não viveu como um covarde e não morreu queixando-se e sofrendo.
Viveu como revolucionário e foi crucificado como rebelde.

“Não era um pássaro de asas partidas, mas uma tempestade violenta, que quebrava as asas tortas.
“Não era uma vítima dos seus perseguidores e não sofreu nas mãos de seus executores – mas era livre diante de todos.
“Ele veio insuflar uma alma nova e forte, que faz de cada coração um templo, de cada alma um altar e de cada ser humano um sacerdote.”






Olhando com cuidado sua vida, veremos que, embora soubesse que sua Paixão era inevitável, procurou nos dar o sentido da alegria em cada gesto.
Ele deve ter pensado bastante antes de decidir qual o primeiro milagre que devia realizar.
Deve ter considerado a cura de um paralítico, a ressurreição de um morto, a expulsão de um demônio, algo que seus contemporâneos considerassem como “uma atitude nobre”; afinal, era a primeira vez que se mostraria ao mundo como o Filho de Deus.




E está escrito: seu primeiro milagre foi transformar água em vinho – para animar uma festa de casamento.




Que a sabedoria deste gesto nos inspire, e esteja sempre presente em nossas almas: a busca espiritual é compaixão, entusiasmo e também alegria.



Fonte: http://paulocoelhoblog.com/2011/04/19/revolucionario-e-rebelde/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Curso Interdisciplinar de Ciencias Humanas em JF

http://www.ufjf.br/dircom/2009/09/15/bacharelado-interdisciplinar-de-ciencias-humanas-oferecera-190-vagas-no-proximo-vestibular/
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candidatos por vaga
http://www.vestibular.ufjf.br/antenado/files/2010/08/CANDVAGA-2011.pdf
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http://www.ufjf.br/bach/
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http://www.ufjf.br/portal/universidade/graduacao/bacharelado-interdisciplinar-em-ciencias-humanas/

domingo, 10 de abril de 2011

Relembre fatos marcantes de cem dias do governo Dilma

Eleita em outubro de 2010 com mais de 55 milhões de votos, Dilma Vana Rousseff tomou posse em 1º de janeiro como a primeira mulher presidente do Brasil, sob a expectativa de suceder Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiu índices recordes de popularidade nos seus oito anos de governo.

Perto de completar cem dias de governo, no próximo domingo, Dilma dá sinais de continuidade em áreas como o combate à pobreza e no estreitamento dos laços com países latino-americanos, mas demonstra mudanças em relação ao governo Lula, como, por exemplo, no posicionamento frente à situação dos direitos humanos no Irã.

Relembre alguns dos principais fatos dos primeiros cem dias do governo de Dilma Rousseff:

Discurso da posse

Em seu primeiro discurso como presidente, logo após tomar posse no Congresso, Dilma afirmou que a erradicação da miséria seria a sua 'luta mais obstinada', além de prometer lutar pela estabilidade econômica e contra a inflação.

Além disso, Dilma disse que a sua eleição abriria portas para que outras mulheres chegassem à Presidência e para que 'todas as mulheres brasileiras sintam orgulho de ser mulher'.

Mais tarde, no Planalto, após receber a faixa presidencial, Dilma disse que assumia o governo com 'espírito de união' e agradeceu a seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. 'A alegria que sinto (...) se mistura pela emoção de sua despedida', afirmou.

Enchentes no Rio

Em janeiro, Dilma visitou Nova Friburgo, na região serrana do Rio, onde fortes chuvas e deslizamentos mataram quase 700 pessoas. Na cidade, a presidente conversou com moradores e visitou áreas cobertas de lama e lixo.

Dilma também sobrevoou Teresópolis e Petrópolis, outros dois municípios devastados pela água e pelos deslizamentos.

Em entrevista coletiva, a presidente disse que a moradia em áreas de risco no Brasil 'é a regra, e não a exceção', e afirmou que, além de atender as vítimas da tragédia, o poder público faria investimentos para atacar o problema habitacional no país.

Viagem à Argentina

No fim de janeiro, Dilma foi à Argentina, em sua primeira viagem internacional como presidente. Durante a visita, ela reforçou sua posição de primeira mulher presidente do Brasil, além de reiterar a ênfase nos direitos humanos.

Ao lado de sua colega argentina, Cristina Kirchner, Dilma defendeu uma maior participação feminina na política. 'O fato de duas mulheres estarem na presidência é garantia da participação de gênero', disse.

A presidente também se encontrou com representantes das Mães da Praça de Maio, grupo de mulheres que buscam informações sobre desaparecidos durante o regime militar argentino, reforçando sua agenda de política externa voltada aos direitos humanos.

Mensagem ao Congresso

Em mensagem ao Congresso, em 2 de fevereiro, Dilma ressaltou o combate à inflação como 'prioridade' de seu governo, acrescentando que os cortes de gastos públicos seriam realizados com 'rigor'.

'Manteremos a estabilidade econômica como valor absoluto. Defendemos ações firmes no combate à inflação e rigor no uso do dinheiro do contribuinte', disse a presidente, em discurso que marcou o início dos trabalhos no Legislativo.

Sobre o reajuste do mínimo, que seria votado dias depois pela Câmara, Dilma indicou que o novo valor deveria ser compatível com a capacidade fiscal do governo.

Ajuste fiscal

Em 9 de fevereiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um corte de R$ 50 bilhões nas despesas previstas pelo Orçamento Geral da União para 2011.

O corte anunciado seria mais do que o dobro do montante bloqueado no Orçamento do ano passado - R$ 21,8 bilhões, o maior contingenciamento feito nos oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro disse que os cortes almejavam manter a 'solidez fiscal', a redução do deficit nominal do país e a redução da dívida líquida, para garantir a expansão do investimento público e privado e permitir uma futura redução na taxa de juros.

Pronunciamento na TV

Em seu primeiro pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão, Dilma deu ênfase à educação, dando destaque à volta às aulas no país.

'Quero que a única fome neste país seja a fome do saber', afirmou. Dilma disse ainda que estava tomando medidas para corrigir e evitar novas falhas no Enem e no Sisu, que foram alvos de críticas devido a erros técnicos.

Em um pronunciamento de pouco menos de seis minutos, a presidente voltou a dizer que a erradicação da miséria seria a sua 'luta mais obstinada' e apresentou o slogan de governo: 'País rico é país sem pobreza'.

Votação do mínimo

Em 16 de fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta do governo de reajustar o salário mínimo de R$ 540 para R$ 545. Dias depois, a proposta foi aprovada também pelo Senado.

A votação foi considerada por analistas uma vitória de Dilma, no primeiro grande teste de sua articulação política no Congresso. O valor de R$ 545 era menor do que o reivindicado por centrais sindicais e pela oposição.

Além disso, a aprovação do salário mínimo ocorreu em um momento em que o governo, sob orientação de Dilma, insistia no discurso da contenção de gastos e de equilíbrio das contas públicas.

Novo ministro do STF

Em fevereiro, Dilma indicou o carioca Luiz Fux, de 57 anos, para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), preenchendo a vaga aberta de Eros Grau, que se aposentou. A indicação foi aprovada pelo Senado.

Antes de entrar no STF, Fux era juiz de carreira e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2010, ele se destacou como coordenador de uma comissão de juristas responsável pelo projeto de reforma do Código Civil, que tramita no Congresso.

Desde que assumiu o cargo no Supremo, Fux foi decisivo ao dar o voto de desempate a respeito da Ficha Limpa. O ministro entendeu que a lei, que impede a candidatura de pessoas condenadas por órgão colegiado a cargos eletivos, valerá somente a partir das eleições de 2012.

Votações na ONU

Em 17 de março, junto com China, Índia, Rússia e Alemanha, o Brasil se absteve de votar na resolução do Conselho de Segurança da ONU que aprovou uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou ações militares para 'proteger civis' dos ataques das forças do coronel Muamar Khadafi.

Ao justificar a decisão, a embaixadora brasileira na ONU, Maria Luisa Viotti, disse temer que ações militares exacerbassem tensões e fizessem 'mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos'.

Dias depois, no dia 24, o Brasil votou, em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a favor da nomeação de um relator que investigará a situação dos direitos humanos no Irã.

Ao justificar seu voto, a representante brasileira no Conselho, Maria Nazareth Farani Azevedo, disse que a não-observância da suspensão da prática da pena de morte no Irã, assim como em outros países, era uma 'preocupação particular' do Brasil.

Antes de tomar posse, em entrevista ao jornal americano The Washington Post, Dilma criticou a decisão do governo de Teerã de condenar a iraniana Sakineh Ashtiani à morte por apedrejamento, sob a acusação de adultério.

Visita de Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou nos dias 19 e 20 de março sua primeira visita oficial ao Brasil desde que tomou posse, em 2009. Acompanhado da família, de integrantes do governo e de empresários, Obama foi primeiro a Brasília e depois ao Rio de Janeiro.

Na capital federal, Dilma e o presidente americano tiveram uma reunião privada, em que assinaram acordos e discutiram a cooperação em diferentes áreas, como energia, educação, ciência e tecnologia, infraestrutura e segurança, entre outras.

Em pronunciamento ao lado de Obama, a presidente citou 'contradições' que precisam ser superadas, pedindo o fim de medidas protecionistas no comércio com os Estados Unidos. Ela também pediu reformas em instituições como o Banco Mundial, o FMI e o Conselho de Segurança da ONU.

Um comunicado conjunto, assinado pelos dois presidentes, afirma que Obama 'manifestou seu apreço' pela intenção do Brasil de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança e reconheceu as 'responsabilidades globais' assumidas pelo país.

Viagem a Portugal e morte de Alencar

Dilma visitou Portugal nos dias 29 e 30 de março, em sua primeira viagem à Europa depois da posse, para acompanhar o ex-presidente Lula, que recebeu o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra.

A viagem de Dilma, no entanto, foi encurtada devido à morte do ex-vice-presidente José Alencar, ocorrida em seu primeiro dia de visita. Com isso, ela cancelou encontros com o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e com o presidente do país, Aníbal Cavaco Silva.

Dilma e Lula acompanharam os velórios de Alencar em Brasília e em Belo Horizonte. O ex-vice-presidente, que morreu depois de muitos anos de tratamento contra o câncer, foi velado com honras de chefe de Estado na capital federal.

Condecoração de militares

Em 5 de abril, a presidente recebeu, em Brasília, a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, entregue pelo Ministério da Defesa.

A ordem é conferida aos militares e civis, tanto brasileiros como estrangeiros, que tenham prestado 'relevantes serviços às Forças Armadas do Brasil'.

A presidente também recebeu outras três medalhas: a Ordem do Mérito Militar, concedida pelo Exército; a Ordem do Mérito Naval, da Marinha; e a Ordem do Mérito Aeronáutico, da Força Aérea.

A condecoração ocorreu dias depois de Dilma determinar o fim das comemorações, por parte das Forças Armadas, do golpe de 1964, e em meio aos debates sobre a criação da Comissão da Verdade, que visa apurar crimes cometidos durante o regime militar.

Belo Monte

Em abril, a OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu ao Brasil a 'suspensão imediata' do processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), alvo de diversas batalhas jurídicas.

A entidade pede que 'se impeça qualquer obra de execução até que sejam observadas condições mínimas', como uma nova consulta com comunidades indígenas e a adoção de 'medidas vigorosas' para impedir a disseminação de doenças entre os índios.

Em nota, o Itamaraty disse que recebeu a notícia com 'perplexidade' e que os pedidos são 'precipitados e injustificáveis'. Segundo a chancelaria, a construção de Belo Monte cumpre as leis brasileiras, tendo sido submetida a uma avaliação técnica.

Tragédia de Realengo

Em 7 de abril, dia em que um atirador matou 12 alunos e feriu outros 24 em uma escola no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, Dilma afirmou que o país estava unido em repúdio à violência, 'sobretudo com crianças indefesas'.

'Não é característica do Brasil esse tipo de crime', disse a presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto. Emocionada, a presidente pediu um minuto de silêncio pelas vítimas 'que perderam a vida e o futuro'.

Dilma determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tomasse as providências necessárias em relação à tragédia, além de decretar luto oficial de três dias.

Viagem à China

No fim de semana em que completa cem dias de governo, Dilma viaja para a China, uma das maiores potências econômicas do mundo e um dos principais parceiros comerciais do Brasil, em sua primeira visita oficial à Ásia.

Durante a viagem, a presidente deve adotar, segundo especialistas, um discurso voltado para uma parceria estratégica com a China, com a diversificação da pauta de exportações e uma maior integração em diferentes áreas.

Segundo analistas, a intenção do Brasil é equilibrar a sua relação comercial com a China, exportando produtos de maior valor agregado. Atualmente, a maior parte dos produtos que o Brasil vende aos chineses é formada por commodities, enquanto importa produtos industrializados do país asiático.

Relembre fatos marcantes de cem dias do governo Dilma

Eleita em outubro de 2010 com mais de 55 milhões de votos, Dilma Vana Rousseff tomou posse em 1º de janeiro como a primeira mulher presidente do Brasil, sob a expectativa de suceder Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiu índices recordes de popularidade nos seus oito anos de governo.

Perto de completar cem dias de governo, no próximo domingo, Dilma dá sinais de continuidade em áreas como o combate à pobreza e no estreitamento dos laços com países latino-americanos, mas demonstra mudanças em relação ao governo Lula, como, por exemplo, no posicionamento frente à situação dos direitos humanos no Irã.

Relembre alguns dos principais fatos dos primeiros cem dias do governo de Dilma Rousseff:

Discurso da posse

Em seu primeiro discurso como presidente, logo após tomar posse no Congresso, Dilma afirmou que a erradicação da miséria seria a sua 'luta mais obstinada', além de prometer lutar pela estabilidade econômica e contra a inflação.

Além disso, Dilma disse que a sua eleição abriria portas para que outras mulheres chegassem à Presidência e para que 'todas as mulheres brasileiras sintam orgulho de ser mulher'.

Mais tarde, no Planalto, após receber a faixa presidencial, Dilma disse que assumia o governo com 'espírito de união' e agradeceu a seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. 'A alegria que sinto (...) se mistura pela emoção de sua despedida', afirmou.

Enchentes no Rio

Em janeiro, Dilma visitou Nova Friburgo, na região serrana do Rio, onde fortes chuvas e deslizamentos mataram quase 700 pessoas. Na cidade, a presidente conversou com moradores e visitou áreas cobertas de lama e lixo.

Dilma também sobrevoou Teresópolis e Petrópolis, outros dois municípios devastados pela água e pelos deslizamentos.

Em entrevista coletiva, a presidente disse que a moradia em áreas de risco no Brasil 'é a regra, e não a exceção', e afirmou que, além de atender as vítimas da tragédia, o poder público faria investimentos para atacar o problema habitacional no país.

Viagem à Argentina

No fim de janeiro, Dilma foi à Argentina, em sua primeira viagem internacional como presidente. Durante a visita, ela reforçou sua posição de primeira mulher presidente do Brasil, além de reiterar a ênfase nos direitos humanos.

Ao lado de sua colega argentina, Cristina Kirchner, Dilma defendeu uma maior participação feminina na política. 'O fato de duas mulheres estarem na presidência é garantia da participação de gênero', disse.

A presidente também se encontrou com representantes das Mães da Praça de Maio, grupo de mulheres que buscam informações sobre desaparecidos durante o regime militar argentino, reforçando sua agenda de política externa voltada aos direitos humanos.

Mensagem ao Congresso

Em mensagem ao Congresso, em 2 de fevereiro, Dilma ressaltou o combate à inflação como 'prioridade' de seu governo, acrescentando que os cortes de gastos públicos seriam realizados com 'rigor'.

'Manteremos a estabilidade econômica como valor absoluto. Defendemos ações firmes no combate à inflação e rigor no uso do dinheiro do contribuinte', disse a presidente, em discurso que marcou o início dos trabalhos no Legislativo.

Sobre o reajuste do mínimo, que seria votado dias depois pela Câmara, Dilma indicou que o novo valor deveria ser compatível com a capacidade fiscal do governo.

Ajuste fiscal

Em 9 de fevereiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um corte de R$ 50 bilhões nas despesas previstas pelo Orçamento Geral da União para 2011.

O corte anunciado seria mais do que o dobro do montante bloqueado no Orçamento do ano passado - R$ 21,8 bilhões, o maior contingenciamento feito nos oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro disse que os cortes almejavam manter a 'solidez fiscal', a redução do deficit nominal do país e a redução da dívida líquida, para garantir a expansão do investimento público e privado e permitir uma futura redução na taxa de juros.

Pronunciamento na TV

Em seu primeiro pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão, Dilma deu ênfase à educação, dando destaque à volta às aulas no país.

'Quero que a única fome neste país seja a fome do saber', afirmou. Dilma disse ainda que estava tomando medidas para corrigir e evitar novas falhas no Enem e no Sisu, que foram alvos de críticas devido a erros técnicos.

Em um pronunciamento de pouco menos de seis minutos, a presidente voltou a dizer que a erradicação da miséria seria a sua 'luta mais obstinada' e apresentou o slogan de governo: 'País rico é país sem pobreza'.

Votação do mínimo

Em 16 de fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta do governo de reajustar o salário mínimo de R$ 540 para R$ 545. Dias depois, a proposta foi aprovada também pelo Senado.

A votação foi considerada por analistas uma vitória de Dilma, no primeiro grande teste de sua articulação política no Congresso. O valor de R$ 545 era menor do que o reivindicado por centrais sindicais e pela oposição.

Além disso, a aprovação do salário mínimo ocorreu em um momento em que o governo, sob orientação de Dilma, insistia no discurso da contenção de gastos e de equilíbrio das contas públicas.

Novo ministro do STF

Em fevereiro, Dilma indicou o carioca Luiz Fux, de 57 anos, para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), preenchendo a vaga aberta de Eros Grau, que se aposentou. A indicação foi aprovada pelo Senado.

Antes de entrar no STF, Fux era juiz de carreira e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2010, ele se destacou como coordenador de uma comissão de juristas responsável pelo projeto de reforma do Código Civil, que tramita no Congresso.

Desde que assumiu o cargo no Supremo, Fux foi decisivo ao dar o voto de desempate a respeito da Ficha Limpa. O ministro entendeu que a lei, que impede a candidatura de pessoas condenadas por órgão colegiado a cargos eletivos, valerá somente a partir das eleições de 2012.

Votações na ONU

Em 17 de março, junto com China, Índia, Rússia e Alemanha, o Brasil se absteve de votar na resolução do Conselho de Segurança da ONU que aprovou uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou ações militares para 'proteger civis' dos ataques das forças do coronel Muamar Khadafi.

Ao justificar a decisão, a embaixadora brasileira na ONU, Maria Luisa Viotti, disse temer que ações militares exacerbassem tensões e fizessem 'mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos'.

Dias depois, no dia 24, o Brasil votou, em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a favor da nomeação de um relator que investigará a situação dos direitos humanos no Irã.

Ao justificar seu voto, a representante brasileira no Conselho, Maria Nazareth Farani Azevedo, disse que a não-observância da suspensão da prática da pena de morte no Irã, assim como em outros países, era uma 'preocupação particular' do Brasil.

Antes de tomar posse, em entrevista ao jornal americano The Washington Post, Dilma criticou a decisão do governo de Teerã de condenar a iraniana Sakineh Ashtiani à morte por apedrejamento, sob a acusação de adultério.

Visita de Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou nos dias 19 e 20 de março sua primeira visita oficial ao Brasil desde que tomou posse, em 2009. Acompanhado da família, de integrantes do governo e de empresários, Obama foi primeiro a Brasília e depois ao Rio de Janeiro.

Na capital federal, Dilma e o presidente americano tiveram uma reunião privada, em que assinaram acordos e discutiram a cooperação em diferentes áreas, como energia, educação, ciência e tecnologia, infraestrutura e segurança, entre outras.

Em pronunciamento ao lado de Obama, a presidente citou 'contradições' que precisam ser superadas, pedindo o fim de medidas protecionistas no comércio com os Estados Unidos. Ela também pediu reformas em instituições como o Banco Mundial, o FMI e o Conselho de Segurança da ONU.

Um comunicado conjunto, assinado pelos dois presidentes, afirma que Obama 'manifestou seu apreço' pela intenção do Brasil de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança e reconheceu as 'responsabilidades globais' assumidas pelo país.

Viagem a Portugal e morte de Alencar

Dilma visitou Portugal nos dias 29 e 30 de março, em sua primeira viagem à Europa depois da posse, para acompanhar o ex-presidente Lula, que recebeu o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra.

A viagem de Dilma, no entanto, foi encurtada devido à morte do ex-vice-presidente José Alencar, ocorrida em seu primeiro dia de visita. Com isso, ela cancelou encontros com o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e com o presidente do país, Aníbal Cavaco Silva.

Dilma e Lula acompanharam os velórios de Alencar em Brasília e em Belo Horizonte. O ex-vice-presidente, que morreu depois de muitos anos de tratamento contra o câncer, foi velado com honras de chefe de Estado na capital federal.

Condecoração de militares

Em 5 de abril, a presidente recebeu, em Brasília, a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, entregue pelo Ministério da Defesa.

A ordem é conferida aos militares e civis, tanto brasileiros como estrangeiros, que tenham prestado 'relevantes serviços às Forças Armadas do Brasil'.

A presidente também recebeu outras três medalhas: a Ordem do Mérito Militar, concedida pelo Exército; a Ordem do Mérito Naval, da Marinha; e a Ordem do Mérito Aeronáutico, da Força Aérea.

A condecoração ocorreu dias depois de Dilma determinar o fim das comemorações, por parte das Forças Armadas, do golpe de 1964, e em meio aos debates sobre a criação da Comissão da Verdade, que visa apurar crimes cometidos durante o regime militar.

Belo Monte

Em abril, a OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu ao Brasil a 'suspensão imediata' do processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), alvo de diversas batalhas jurídicas.

A entidade pede que 'se impeça qualquer obra de execução até que sejam observadas condições mínimas', como uma nova consulta com comunidades indígenas e a adoção de 'medidas vigorosas' para impedir a disseminação de doenças entre os índios.

Em nota, o Itamaraty disse que recebeu a notícia com 'perplexidade' e que os pedidos são 'precipitados e injustificáveis'. Segundo a chancelaria, a construção de Belo Monte cumpre as leis brasileiras, tendo sido submetida a uma avaliação técnica.

Tragédia de Realengo

Em 7 de abril, dia em que um atirador matou 12 alunos e feriu outros 24 em uma escola no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, Dilma afirmou que o país estava unido em repúdio à violência, 'sobretudo com crianças indefesas'.

'Não é característica do Brasil esse tipo de crime', disse a presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto. Emocionada, a presidente pediu um minuto de silêncio pelas vítimas 'que perderam a vida e o futuro'.

Dilma determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tomasse as providências necessárias em relação à tragédia, além de decretar luto oficial de três dias.

Viagem à China

No fim de semana em que completa cem dias de governo, Dilma viaja para a China, uma das maiores potências econômicas do mundo e um dos principais parceiros comerciais do Brasil, em sua primeira visita oficial à Ásia.

Durante a viagem, a presidente deve adotar, segundo especialistas, um discurso voltado para uma parceria estratégica com a China, com a diversificação da pauta de exportações e uma maior integração em diferentes áreas.

Segundo analistas, a intenção do Brasil é equilibrar a sua relação comercial com a China, exportando produtos de maior valor agregado. Atualmente, a maior parte dos produtos que o Brasil vende aos chineses é formada por commodities, enquanto importa produtos industrializados do país asiático.

MARIA HELENA MARTELETE - A PSICOLOGIA DAS MASSAS APLICADA À POLITICA – POLO MIMOSO DO SUL

Resumo: este artigo aborda aspectos do poder totalitário aludindo, entre outros fatores, as técnicas utilizadas pelos sofistas e a psicologia das massas de Freud. Entre as questões do plano político: a solidão coletiva, sempre liderada por um indivíduo que acredita no seu próprio ideal ou tem uma opinião sobre uma massa apta a captar suas idéias e realizá-las; sempre uma coletividade agindo de modo homogêneo irracional movidas pela carência material, espiritual ou social e, portanto em condições de disseminar e desencadear essa idéia individual no plano social.

Dois aspectos marcam a política e a ascensão ao poder em sua forma totalitária, o total desinteresse pelos que pensam diferente, e os que se opõem, criticam ou
simplesmente questionam o poder e em certos casos, se propõe até mesmo ao extermínio em massa dos adversários por acreditarem ser necessário a supressão de qualquer idéia ou forma de ideologia que seja diferente daquela professada e posta em prática pelo poder. A pessoa do líder se apóia nos sentimentos de solidão e sonhos e frustrações coletivas levam os indivíduos a negar sua própria identidade e essas idéias são captadas pela massa; levando essa coletividade a agir de modo homogeneamente irracional e portanto em condições de disseminar e desencadear essas idéias no plano social.
“Segundo Freud em Conferência XXXV, o ser humano precisa de uma construção intelectual que soluciona todos os problemas de sua existência de maneira uniforme com base em uma hipótese de um ser superior dominante, a qual não deixaria nenhuma pergunta sem resposta.”
Talvez, essa idéia de Freud seja a explicação lógica para a devoção das pessoas a um líder, em Totem e Tabu, Freud se refere as crenças religiosas e faz referencia ao Pai Primevo, o qual desperta na família um sentimento de idolatria ou reverencia a esse líder muitas vezes mesmo sem qualquer concordância com seus métodos e atitudes sendo possivelmente fruto em alguns casos da ausência de amor e de apoio, de nutrição, de princípios éticos, de carinho, de diálogo, de confiança, de limites vividos, principalmente na infância.
A outra característica a que aludimos na psicologia das massas é a falta de informação e a eliminação de toda e qualquer instituição ou grupo que desenvolva idéias que não interessem aos líderes constituídos. A pluralidade de pensamentos deve dar lugar ao “Pensamento Único”, essa figura tão assustadora, estática, estagnada e morta. A morte do pensamento corresponde à morte do novo, da possibilidade de criação, da vontade individual e dá lugar ao comportamento de massa, irracional, com instinto cego guiado pelos impulsos direcionados aos interesses do líder, pelas pulsões animalescas, pela vontade de homogeneidade e igualdade de forma mecânica. A morte do pensamento é a vida do instinto de massa, bestialização do comportamento coletivo.
Aquele que lidera o faz através da persuasão de sua platéia envolvendo o pensamento de seu ouvinte com palavras que o tocam profundamente em suas necessidades algumas vezes básicas, desejos ou com palavras que alimentem sua grande decepção com o seu adversário promovendo assim um comportamento onde os ouvintes absorvem a informação sem qualquer chance de defesa.
A memória nesse momento, assume como forma de resgatar os laços afetivos, meios naturais de interatividade e solidariedade entre os indivíduos, rompendo assim o isolamento e a solidão gerada pela vigilância anônima e onipresente e trazendo à cena o até então abolido campo das possibilidades, da criação, o virtual, o “futuro em pessoa”. As modalidades da memória, das atividades da retrospectiva, isto é, a memória do passado e a memória do futuro, respectivamente, são acionadas pelo contato dos corpos, os gestos e as melodias (em substituição ao isolamento dos corpos, aos maneirismos, catatonias e às palavras-de-ordem). As convicções, gostos, opiniões, que constituem os “postos avançados de nossa subjetividade”, os reais mantenedores de nossa identidade pessoal a ressoar nas câmaras de nossa consciência.
Além do mais, o caráter codificado da linguagem mantém o sigilo, o ocultamento necessário a qualquer forma de resistência, restringindo a eficácia da mensagem àqueles que detêm o sentido das palavras. Isto mantém o adversário sempre um passo atrás, vendo-se obrigado a forjar meios que levem à descoberta dos segredos daquele linguajar (problema da manutenção do segredo e da necessidade de renovação constante dos termos e do seu sentido e cuidado com o risco da traição ou da infiltração do inimigo, para a minoria em posição de resistência ).
Pela própria natureza do homem. É preciso que a tortura, a dor e a humilhação venham junto a palavras- de ordem.
As rodas do seu desejo giram no vazio, soltas e loucas. Dessa maneira, alguém vai cuidar delas, e o vazio do poder será preenchido por um líder carismático, versão de um novo Deus e de um Pai onipotente. As massas, na sua servidão voluntária (La Boétie), podem, enfim, não entrar em pânico, como enunciava Freud, na “Psicologia das Massas e Análise do Eu”, como efeito maior que se produz quando aquelas não mais acreditam no carisma de seu líder. Mas observemos sua posição, um determinado político bem sucedido, quer que seu sucessor seja eleito pela população, entre no pleito vitorioso, então ele coloca a imagem dele própria como se o seu sucessor fosse agir e pensar como ele como se as aspirações populares pudessem ser solucionadas com apenas um voto naquele candidato que é dado ao povo como solução definitiva as suas aspirações, nada poderá dar errado se aquele que foi o escolhido pelo líder assumir o poder levando a todos a acreditar que político que o sucederia levaria a frente todos os planos políticos do seu antecessor.
Será mesmo que a indicação de um líder é suficiente para que seu sucessor seja um representante confiável?
Um fato ocorrido recentemente em uma cidadezinha do interior, um determinado político bem sucedido, quis eleger seu sucessor, indicou para sua sucessão um cidadão desconhecido e fez a indicação em seus muitos discursos levando os eleitores a acreditarem que o político que seria o seu sucessor daria continuação a seus projetos e trabalhos, (algumas vezes usando de métodos de intimidação) e que seria a solução para os problemas, o discurso eloqüente do líder deu resultado a massa foi convencida das idéias do líder e o cidadão foi eleito e infelizmente todos se enganaram.

Conclusão:
Medos das ameaças e dos castigos sugeridos pelos ideais induzidos por autoridades, são as armas utilizadas pelos políticos, eclesiásticas, militares e outros lideres através de dispositivos ideológicos, químicos, eletrônicos, cibernéticos. Seitas, drogas, televisão, computadores, fantasias, ficções, realidade virtual, delírio, “bicho-papão”, “mula-sem-cabeça”, demônios e apocalipse. Sermões, discursos políticos, imprensa. Nào seria tudo, no fundo, a mesma forma de convencimento em massa.
O “desvirtuador” usa o disfarce próprio a cada período, o instrumento ideal segundo cada época, o meio de comunicação ideal para convencer sua platéia.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mapuches


http://www.wrm.org.uy/boletim/132/Chile.html
http://diplomatique.uol.com.br/acervo.php?id=2943&tipo=acervo
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=50538
https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/mapuches

Videos: Chile Insólito - como o Chile trata os índios mapuches

San Antonio CHILE Manifestacion Apoyo a Presos Politicos Mapuches 1/9/2010

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Noticia Carlos Alberto Sardenberg

Carlos Alberto Sardenberg afirmou que, da dívida do governo americano, de US$ 8,4 trilhões, tem uma parte do Brasil, que tem US$ 197 bilhões aplicados em títulos. Para ele, há excesso de dólares nos países emergentes.

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/

terça-feira, 5 de abril de 2011

A demoracia segundo saramago

Amigos e amigas, eis aí o texto que escrevi hoje para o Revista das Revistas, do Cultura, sobre o escritor José Saramago.
Continuam repercutindo pelo mundo as entrevistas que o escritor José Saramago vem dando no lançamento do seu livro A Lucidez. Quem conversa com ele, para a semanal francesa Le Nouvel Observateur, é o escritor Didier Jacob.
Saramago, comunista e Prêmio Nobel, vem concedendo entrevistas polêmicas e não por acaso. Na verdade, o próprio livro é provocativo, já em sua premissa. Saramago imagina uma situação na qual a população de um país não identificado simplesmente renuncia a exercer seu direito de voto. Nada de escandaloso para o escritor, que defende a tese de que as democracias são um engano do verdadeiro poder. E qual seria esse “verdadeiro poder”? Para Saramago, não é preciso ir muito longe e nem ser muito inteligente para saber que se trata do poder econômico.
“As democracias ocidentais são fachadas políticas do poder econômico”, diz. “Fachadas com cores, bandeiras, discursos intermináveis sobre a democracia.” E acrescenta: vivemos em uma época em que temos o direito de discutir de tudo, menos a própria democracia. Segundo Saramago, nós a tratamos como um bem adquirido, óbvio, inquestionável, como uma peça de museu sobre a qual se colou a etiqueta: “Proibido tocar.”
Talvez não ocorra a Saramago que, mesmo para atacar a democracia, é preciso que se esteja em um regime democrático, no qual valha a liberdade de expressão e pensamento. Mas as críticas tocam em outros pontos. Por exemplo, no pleno emprego, que era uma promessa não da democracia em si, mas da social-democracia. E hoje, como ele diz, “vivemos uma espécie de anestesia social”. E em toda a parte, afirma. Quem decidiu essa precarização do trabalho?, se pergunta. E ele mesmo responde: algum governo? O português, o italiano, o francês? Claro que não: foi o poder econômico. Saramago diz que, apesar de parecer uma expressão antiquada, “é o poder econômico que controla o mundo”. Foi o poder econômico que enfiou nas consciências que o mercado deve agir de mãos livres e, assim fazendo, levou à conclusão de que o pleno emprego é um obstáculo.
O jornalista da Nouvel Observateur lhe pergunta se está fazendo a apologia do voto em branco e Saramago responde que não: mas entende que se trata de uma atitude política, diferente da abstenção. Para ele, o cidadão que sai de casa, dirige-se ao local de votação e deposita a cédula (ou seu equivalente eletrônico) em branco está tomando uma atitude política – e dizendo o que pensa da democracia.
Pelo menos da democracia “formal”, que é como Saramago a define. “Você sabe, eu nunca escondi minhas convicções. Sou comunista e por isso sou tratado como inimigo da democracia. Pelo contrário, eu quero é salvar a democracia e para isso é preciso criticar esse simulacro de democracia em que vivemos.”
Quando o entrevistador (que não é nada passivo, aperta o entrevistado) lhe pergunta se algum dos antigos países comunistas seria um modelo de democracia, Saramago se safa rapidamente: “O comunismo? Ora, isso jamais existiu em nenhum país e em tempo algum. Mesmo na ex-União Soviética, o que havia não era nada senão um capitalismo de Estado.”

domingo, 3 de abril de 2011

História da esquerda no BRASIL e a REALIDADE contemporânea

"O maior sindicato envolvido no protesto, o Unite, afirma que o número de seus filiados que queria participar da manifestação era tão grande que não foi possível encontrar ônibus suficientes para levar todos a Londres."
Manifesto contra medidas de austeridade em Londres, ENTÃO BRASILEIROS VCS ESTÃO REALMENTE PREOCUPADOS COM ESSAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE? ACORDEM! O AUMENTO DOS IMPOSTOS E CORTES DE VERBAS EM CONTEXTOS SOCIAIS NÃO ACABARAM APENAS NO PUPT OU PASSAGEM DE ONIBUS!!!

Fonte: http://www.afronteira.com/br/noticias/mundo/Londrinos-fazem-maior-protesto-em-Londres-desde-2003

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AJUDE A MANTER O PUPT(UNIVERSIDADE PARA TODOS), QUE OFERECE FAZ ANOS ENSINO DE BOA QUALIDADE PRA VESTIBULANDOS!

sábado, 2 de abril de 2011

Avalanche Missões Urbanas

Escola de História Política
04 a 30 de julho (período integral)

História política do Brasi
Cristianismo e política
Religião e democracia
Corrupção
Função dos 3 poderes
A pós modernidade e a política
Elaboração de projetos
Politica e cidadania
Globalização
Mudança de época
Missão Integral
Sustentabilidade
Desenvolvimento comunitário
Cosmovisão cristã da política
Direitos humanos
Plano de ação comunitária
Economia solidária
Participação política

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História Política (Igreja! Curral Eleitoral)

Há pouco tempo, dentro de uma igreja, nos perguntaram o seguinte – “O que cristianismo e história têm a ver um com o outro?”.

Pensando sobre essa pergunta, entendo porque quase toda América Latina não leva os brasileiros tão a sério. Somos um dos países mais desenvolvidos economicamente, mas o que menos conhece a própria história. Não nos orgulhamos do que somos simplesmente por não sabermos quem somos. Quem não tem passado, não tem presente e, muito menos, futuro.

Pouco conhecemos, por exemplo, das teologias latinas. O conceito da Missão Integral ainda é uma incógnita para muitos cristãos. A Teologia da Libertação nem se fala. Muita gente acha que se trata de alguma onda neopentecostal, por causa do nome. São raros os que sabem realmente o que é e da onde veio.

Posicionamento político dentro das igrejas, quando se tem, é feito de forma manipuladora, induzindo comunidades inteiras a votar em candidatos de índole duvidosa ou que simplesmente estão atrás de “mamar nas tetas do governo”.

Dentro de todo esse desencontro, a Missão Avalanche promove em Julho, pelo terceiro ano consecutivo, a escola de História Política. Com uma grade dinâmica, professores que sentiram na pele os anos de repressão, historiadores e teólogos, o curso vai mudar a sua visão de mundo, de Brasil, de sociedade e de cristianismo prático.

Fonte: http://www.avalanchemissoes.org/historia.html

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